Vamos aprender com Òrúnmìlà Bàbá Ifá?!

Àbórú Àbóyé Àbóṣíṣe,

Òrúnmìlà Bàbá Ifá!

E Káàró Gbogbo (Bom dia a todos)...

Vamos aprender com Òrúnmìlà Bàbá Ifá?!

Ogbó Ató...

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Elegbá tem casa, porém não pode nela viver!

Neste caminho os filhos do Bàbá Obàtálá não tinham casa onde viver e este se pôs a indagar Ágbá Òrúnmìlà, a fim de averiguar qual era a forma mais apropriada para conseguir casa para seus filhos.

E nesta missão encontrou com Elegbá e lhe perguntou:

-Aonde vive o Sábio?!

E Elegbá lhe respondeu:

-Eu não sei!

E seguiu por oportunidades posteriores respondendo o mesmo.

Então Bàbá Obàtálá pensou em deixar Elegbá sem comer por um tempo, pois esta de repente seria uma boa oportunidade para ele dizer o lugar aonde vivia Ágbá Òrúnmìlà.

Então aos sete dias de Elegbá ficar sem comer, Obàtálá com um Osiadié na mão se aproximou e voltou a perguntar por orunmila e Elegbá aceitou lhe informar, mas com uma condição, aonde disse:

-Primeiro o senhor terá que me deixar ir ao monte, porém se eu lá for, o Senhor não mais necessitará de ir à Casa de Òrúnmìlà.

Obàtálá pensou, pois afinal de contas, o que ele mais queria é resolver o problema de seus filhos, e por fim, autorizou a ida de Elegbá. E esse ao sair para o monte, quando lá chegou, este começou a cantar e rogar a Ágbá Òlófín e para Afefe Orun. E este último ao ouviu de imediato desencadeou uma tormenta muito forte e os ventos começaram a derrubar todas as pencas de palmas e os ramos das árvores. E com isso, os filhos de Obàtálá ao verem aquelas coisas no chão de imediato às recolheram e assim fabricaram suas casas.

Aos sete dias Elegbá retornou do monte e disse a Obàtálá:

-Meu Pai, eu fui à Casa de Òrúnmìlà, lá tudo resolvi e agora todos os seus filhos já têm casa!

Obàtálá saiu e olhou se convencendo do que Elegbá lhe dizia, mas apesar dos problemas terem sido resolvidos, este não ficou de acordo e satisfeitos com o que Òrúnmìlà deu, pois aquelas casas eram muito ruins e pobres perante o que seus filhos mereciam.

Porém o tempo foi passando e tudo foi caindo no esquecimento até que um dia, Elegbá estava muito próximo do caminho que ia para a Casa de Obàtálá e avistou Bàbá Ògún que vinha com um machado sem cabo em suas mãos. E imediatamente saiu correndo para a Casa de Òrúnmìlà e conto a este o que havia visto.

Òrúnmìlà então assustado com a história que Elegbá lhe contou, de imediato sentou a fazer seu Osode com Ifá e se viu nesse Odú Ifá, aonde disse a Elegbá:

-Meu irmão, você deve ir correndo e levar um recado a todas as árvores, aonde deverá lhes orientar para que estas de maneira alguma não cedam galho algum para Ògún, pois se derem os galhos para este, assim será sua própria destruição.

Elegbá depois de ouvir os conselhos de Ifá e se dar conta da mentira que contou a Obàtálá, mais assustado ficou e correu para cumprir com o mando de Òrúnmìlà.

Porém tão logo chegou Ògún a casa de Obàtálá, Afefe Orun desencadeou outra tormenta e este assustado contou ao Pai ao que vinha, mas ao mesmo instante que Ògún contava estes ouvindo a tormenta se davam conta que esta ia derrubando todas as casas dos filhos de Bàbá.

E foi então que Obàtálá deu de comer a Ògún com a intenção de lhe fortalecer e lhe disse:

-Ògún meu filho, agora você conseguirás força para conseguir o que tanto precisa, aonde irá construir a verdadeira Casa de meus filhos, o cabo para o seu Machado.

E quando a tormenta passou Ògún saiu para o monte, e ao vê-lo, Elegbá parou na esquina do mesmo e disse:

-Vamos ver que coisa é essa que este pode fazer, já que eu contei e orientei a todas as árvores que elas não podem nada ceder!

Então Ògún se dirigiu à primeira árvore que viu e lhe pediu um galho e o Aragbá (Ceiba), que era essa ávore, lhe disse:

-Lamento muito Ògún, porém de maneira alguma eu posso lhe agradar!

E foi então que Elegbá ficou muito satisfeito com a resposta, deu as costas e seguiu sorrindo e cantando, porém Ògún não se deu por vencido e foi até o Jiqui, o Yaya, o Guayacan, o Jocuma (todas com nome Espanhol) e foi recebendo de todas as mesmas respostas.

Ògún então decidiu andar mais um pouco e distante dali encontrou com a Majagua, a qual havia sido avisada, porém esta acreditava ser a mais poderosa e forte de todas e lhe disse:

-Ògún me avisaram que de maneira alguma eu poderia lhe presentear ou lhe agradar, pois se o galho lhe desse, você com sua força daria iria ao nosso fim. Porém forte e poderosa como sou, não será você quem irá me intimidar!

E após o dito, a Majagua cedeu o galho a Ògún, quem ao terminar de receber o presente que era o galho e que de imediato se tornou cabo, tirou de sua bolsa o machado.

E foi aonde Ògún olhou para a Majagua e com o Machado que ganhou vida em suas mãos lhe disse:

-Tú Majagua por acreditar ser forte e poderosa, porém por não ter escutado os Conselhos Sagrados de Òrúnmìlà Bàbá Ifá, será a primeira árvore que eu irei provar o meu machado.

E Ògún seguiu cantando e dando golpes de machadada na Majagua até sua demolição total, com o encantamento:

“Òtúrúpòn Ká, Òtúrúpòn Ká, Òtúrúpòn Ká!”

E depois deu continuidade derrubando as demais árvores até que chegou ao Aragbá, quem lhe disse:

-Eu Ògún não irei te tombar, pois és obediente e uma precisa ficar para contar a história. E enquanto existir o mundo tu Aragbá terá que ser respeitada por todas as Religiões.

E quando Ògún retornou contou toda a verdade que ele ouviu do Aragbá para Obàtálá, que de imediato amaldiçoou Elegbá lhe dizendo:

-Enquanto tu viver Elegbá, de forma alguma terá casa.

Nota:

E esse é o real motivo pelo qual, embora Elegbá tenha casa, este deve viver fora dela.

Ito Ibán Èṣù...!

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Nota Pessoal (IfáOrí):

Quanto mais estudo Ifá, mais me apaixono e muito mais fico impressionado de quão grande é Òrúnmìlà Bàbá Ifá!

Em todo o meu tempo religioso e de dedicação a Cultura de Ifá, sempre aprendi que na hora certa Ifá responderia a cada pergunta e se assim fosse merecedor, teria o ensinamento mais a fundo do motivo disso ou daquilo. Porém, muitos devem agora se perguntar o porquê disto?!

Então vamos lá...

Ontem estava dando uma caminhada pela internet e deparei com uma notícia um pouco triste, pois desde a primeira ida a Cuba, lá eu pude andar um pouco mais devido aos dias mais longos que lá fiquei e conheci um monte de lugares históricos e superimportantes para a Religião Yorubá!

E um desses locais que muito me marcou foi de uma Igreja que tinha um Aragbá enorme dentro, aonde ladeado de dois outros Sacerdotes Brasileiros pudemos aprender com uma Senhora que tomava conta daquele lugar Sacro um pouco mais de Cuba. Aonde ela nos disse que aquela Igreja foi construída ali aos pés daquele Aragbá e lá foi rezada a primeira missa. E daquele dia em diante, todas as pessoas que lá iam, eram orientadas a darem seis voltas nesse Aragbá e cada círculo completado, estas tinham que abraçá-lo, pois aí recebiam as bendições diretas daquela árvore!

E quando nós três fizemos, ela pediu que fizéssemos o “pago” ao Aragbá e se apresentou como Apètèbí e Ìyá Òló Òrìṣà e disse que na verdade aquela árvore pertencia ao Orixá Aggayú Şolá e nos mostrou seu rosto, naquela árvore nitidamente estampado!

Experiência única ali vivida, que ao voltar em Cuba para consagrar o meu Primeiro Afilhado Bàbálàwó e filho deste Maravilhoso Orixá (Aggayú Şolá) fiz questão de apresentar e contar a mesma história a ele, a minha Senhora e ao meu Ojugbona, porém infelizmente não pudemos dar as seis voltas da árvore, pois a Igreja estava fechada!

E ontem, voltando ao assunto base, vi essa matéria:

https://cubanosporelmundo.com/blog/2016/02/28/que-presagia-corte-ceiba-templete/

E vi que lá questionavam de todas as maneiras o histórico, o sagrado, etc... E que o Governo disse, mais ou menos ao que entendi, que não necessitava consultar a nenhum Oráculo e que por fim fizeram, já que a Árvore Biologicamente estava comprometida.

Porém um Sacerdote de Ifá que foi consultado pelos repórteres consultou seus maiores em Cuba e na África e estes disseram que de certo algum tipo de retaliação aconteceria, já que era uma árvore que de maneira alguma poderia ser cortada!

Eu li, reli, entristeci e me recordei que desde a primeira vez em Cuba ouvi de todos que: “A Ceiba (Aragbá) jamais poderia ser cortada!” Porém foi e ao mostrar a matéria, me foi questionado o motivo pelo qual não poderia e de imediato eu disse que não sabia!

E agora creio eu que, por procurar ser sempre o mais verdadeiro possível com Ifá e com as pessoas que o procuram através desta “Personificação Sagrada” ao qual fui consagrado para tal, este no seu momento certo, sempre me traz as respostas e cada vez mais me faz encantar!

Triste ainda com o Centenário Aragbá cortado, porém eternamente agradecido a Òrúnmìlà Bàbá Ifá!

Agradeça, seja sempre verdadeiro e se dirija ao seu Ifá, Orixá e Égún com devoção, humildade e fé, pois assim fazendo, respostas e soluções para toda a sua vida sempre irá encontrar!

Reflita!

Ifá é evolução,

Ifá é entendimento,

Ifá é inteligência,

Ifá é sabedoria,

Ifá é Paz!

Ito Ibán Èṣù...!

Ifá Vivo, 

Ifá de Verdade, 

Ifá de Amor,

Ifá Odara!

Olóòrun adupé o:

Gbogbo Àwó,

Gbogbo Apètèbí,

Gbogbo Àwófákán àti Gbogbo Umbo Alejó ki Umbo Ilé!

Essa é a Nossa:

Ilé Ègbé Ifáorí Cultura Afro Cubana Brasileira De Ifá!

Ito Ibán Èṣù...!

Ifá Odara bi Odara!

Asheeeeeeee Iboruuuuuuu! 

Aṣè L’orí,

Aṣè Bo,

Aṣè To,

Aṣè Ito Ibán Èsù,

Aṣè Arikú ba ba wá!

By

Olùwo Òmó Oddun 

Obá Kologbá Ágbá Òlófín 

Òmó Odú Ifá ní Ágbá Òrúnmìlà 

Ògúndá’Kètè IfáOrí

Oní Şòngó àti Ìyámí Òṣún Obakóyíndé!

Respeitando para ser respeitado!

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